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Entrevista - Rodrigo Mendonça


Olá geeks!

Em abril, estamos conseguindo manter o rítmo das resenhas não é? Estou mega emocionada.

Hoje, não tem resenha, eu ainda não tive tempo de assistir Ultimado #chateada, porém, fiquem ligados que teremos resenha sim. Enquanto ela não sai que tal conhecer outro autor da Sekhmet editora?

1. Fale sobre você em até 2 parágrafos.

Meu nome é Rodrigo Mendonça, nasci em 2 de julho e esse dia divide o ano em duas metades iguais. O que mais ouço é que é muito difícil saber a minha idade e acho mesmo que o tempo é uma dimensão que não conseguimos entender nem sequer explorar ainda, algo como um pequeno ponto bidimensional em um mundo tridimensional, por isso somos arrastados em uma mesma direção, do nascimento à morte. Depois disso? Ninguém sabe.

Não consigo ficar no mesmo lugar por muito tempo e é bem provável que você me pegue pensando em onde deveria ir a seguir. Estudei latim na faculdade e sei o suficiente para recitar alguns poemas e possivelmente invocar alguns demônios. Adoro mitologia e estou sempre lendo ou pesquisando algo novo.

2. Quando você decidiu que seria escritor?

Acho que sempre gostei de escrever. A primeira vez que realmente pensei em escrever seriamente foi quando, aos 17 anos, escrevi uma história para minha namorada na época porque ela iria se mudar. Na história uma mariposa se apaixona pelo Sol e eu quis mostrar como nosso amor poderia vencer a barreira da distância. Ela adorou o livro! E terminamos algumas semanas depois porque a distância é um empecilho grande quando o coração é jovem. Anos mais tarde uma amiga minha ilustrou essa história e foi aí que eu percebi que ela não era sobre dois jovens em um relacionamento a longa distância, era sobre as barreiras que as mulheres enfrentam e em como elas são corajosas em lutar com todas as forças.

3. Comente brevemente sobre o seu livro: Contos Breves Como O Tempo.

É um livro de contos que falam sobre deuses, monstros e seres humanos, alguns contos de fada e histórias de horror. Eu quero que meus leitores se divirtam tentando descobrir que história eu estou contando e de que universo ela saiu.

4. Um autor(a) que te inspira

Vou trapacear e mandar dois - desculpe! Neil Gaiman, porque a maneira como ele mistura sonho, mitologia e o que nos faz humanos é simplesmente fantástica. E Gabriel Garcia Marques. Não posso explicar como se senti quando acabei de ler Cem Anos de Solidão. Fiquei completamente maravilhado e aos mesmo tempo arrasado. Vivia no mesmo mundo que alguém que criava histórias como aquelas! E aquelas histórias maravilhosas nunca seria escritas por mim...

5. De onde surgiu as idéias para as histórias?

Muitas das minhas histórias são pequenos experimentos de lógica. Começam assim: E se essa história fosse diferente? E se esse personagem aqui fosse o personagem principal? Como seria essa lenda na vida real? E se esse elemento narrativo fosse usado em uma história dessas? E se o leitor se deparasse com essa revelação. E então eu vou germinando essas pequenas ideias até que elas cresçam e amadureçam.

6. Próximos trabalhos.

Estou com dois trabalhos em andamento, um deles é uma novella (pequeno romance) sobre Anansi, a divindade africana das histórias (e mentiras) e um romance cyberpunk sobre o Brasil depois dos governos do mundo terem sido substituídos por empresas e as pessoas compram passes de cidadão para terem os seus direitos.

7. Percy Jackson ou Harry Potter?

Que os fãs não me ouçam, mas Percy Jackson é uma ótima história! Li as duas coleções e reconheço o valor de ambas, mas a leitura de Percy Jackson é uma diversão.

8. Chá ou café para escrever?

Café, e muito. Não costumo escrever de noite, eu faço anotações e bilhetes para mim mesmo durante algum tempo e depois sento e tento fazer algum sentido das peças. O café é para me deixar mais sociável.

9. O que o motiva a escrever?

Acho que sou um escritor porque sou um leitor voraz. Eu leio uma história e passo dias pensando no que mais gostei nela e o que não funcionou. Depois penso em como essa história ficaria melhor. E depois eu escrevo porque espero que alguém faça o mesmo com as minhas histórias, leia meus livros, goste das histórias e então crie suas próprias.

10. Um livro de cabeceira

Ahh, que coisa. Dormiria em uma cama de livros se conseguisse. Acho que o livro que estou lendo no momento estaria na minha cabeceira, junto com os meus e Cem Anos de Solidão e Sandman...

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